terça-feira, 29 de junho de 2010

Leituras do dia - Igreja Catolica Apostolica Romana - 13 semana do tempo comum

XIII Semana do Tempo Comum
I Semana do Saltério

Primeira leitura: Amós 3,1-8; 4,11-12
Leitura da Profecia de Amós.
3,1Ouvi, filhos de Israel, a palavra que disse o Senhor para vós e para todas as tribos que eu retirei do Egito: 2“Dentre todas as nações da terra, somente a vós reconheci; por isso usarei o castigo por todas as vossas iniquidades. 3Se duas pessoas caminham juntas, não é porque estão de acordo? 4Se o leão ruge na selva, não é porque encontrou a presa? Se no covil rosna o filhote do leão, não é porque agarrou sua parte? 5Acaso, sem armadilha, se prende uma ave no chão? Acaso dispara a armadilha, antes de capturar a presa? 6Se ressoa na cidade o toque da trombeta, não fica a população apavorada? Se acontece uma desgraça na cidade, não foi o Senhor que fez? 7Pois nada fará o Senhor Deus, que não revele o plano a seus servos, os profetas. 8Ruge o leão, quem não terá medo? Falou o Senhor Deus, quem não será seu profeta?” 4,11“Eu arrasei-vos, como arrasei Sodoma e Gomorra, e ficastes como um tição, retirado da fogueira; e, contudo, não voltastes para mim”, diz o Senhor. 12Por isso, assim te tratarei, Israel; e, porque sabes como te vou tratar, prepara-te, Israel, para ajustar contas com o teu Deus.
Palavra do Senhor.
Graças a Deus.

Salmo: 5
- Na vossa justiça, guiai-me, Senhor!
R: Na vossa justiça, guiai-me, Senhor!
1. Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, não pode o mau morar convosco; nem os ímpios poderão permanecer perante os vossos olhos. – R.
2. Detestais o que pratica a iniquidade e destruís o mentiroso. Ó Senhor, abominais o sanguinário, o perverso e enganador. – R.
3. Eu, porém, por vossa graça generosa, posso entrar em vossa casa. E, voltado reverente ao vosso templo, com respeito vos adoro. - R.

Evangelho: Mateus 8,23-27
-- O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia. 25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande cal­maria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”
Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor.

Liturgia comentada: PALAVRA DE VIDA
Autor: Antônio Carlos Santini
Email: santini@novaalianca.com.br
Subiu a uma barca... (Mt 8, 23-27)
Em diferentes ocasiões, os evangelhos fazem referência à barca de Pedro, que acabaria adotada como uma das principais imagens da Igreja. Trata-se de uma palavra rica de conotações, núcleo de várias palavras-satélites a girar à sua volta. A barca supõe o mar, contraditoriamente espaço de navegação e obstáculo ameaçador. A barca é meio de subsistência, pois permite a pesca em águas profundas. É na barca que os pescadores passam boa parte de sua vida, ali amadurecem, enfrentam tempestades, descobrem seu destino e o sentido de sua existência. Homens do mar, vários dos discípulos do Nazareno tiveram toda a sua vida inteiramente ligada a esses barcos de madeira.
O próprio Jesus – cujo chamado parece afastar os discípulos de seus barcos – muitas vezes é fotografado pelos evangelistas em plena barca. Usa-a para atravessar o Lago de Genesaré (Jo 6,1), dorme em seu interior (Lc 8, 23), domina o mar revolto em pé sobre ela (Mt 8, 26), faz da barca um púlpito elevado (Lc 5, 3).
Os Padres da Igreja encontraram um gosto especial em associar a barca e a arca. Se, no dilúvio, em clima de Primeira Aliança, uma arca tinha sido o instrumento de salvação para a nova humanidade ameaçada pela inundação do mal, já nos tempos da Nova Aliança a imagem da barca que reúne os fiéis salvos pela água batismal apontaria para a missão da Igreja no “mar da vida”.
No dilúvio, uma pomba com o ramo verde anunciaria o renascimento universal; em Pentecostes, uma pomba de fogo acenderia no coração dos discípulos o incêndio que deveriam comunicar ao mundo, pois Jesus veio para trazer o fogo à terra (cf. Lc 12, 49), ele-mesmo o que batiza no fogo do amor (cf. Mt 3, 11).
Enfim, Deus nunca despreza nosso passado quando nos dá uma nova missão. Bem ao contrário, as atividades passadas costumam ser uma clara preparação para o que virá. Assim, os antigos pescadores de peixes aprendem nos riscos e na paciência o conjunto de virtudes que lhes tornará possível a árdua missão de pescar homens para Deus (cf. Mt 4, 19.) Inácio, o antigo capitão, transportará da guerra para os combates do espírito a estratégia e a disciplina dos militares.
Qual será a nossa barca? Qual será o nosso mar? Que missão o Senhor nos reserva neste mundo?
Orai sem cessar: “Escutarei o que diz o Senhor...” (Sl 85, 9)

fonte: http://www.novaalianca.com.br/liturgia/ler.php?sid=1436

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